O que é Inteligência Emocional?

 

 

Daniel Goleman é o responsável por popularizar o conceito da Inteligência Emocional, que ele define como a “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos.”

 

Imagem do filme Divertidamente.
Daniel Goleman é psicólogo, escritor e PhD da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos e publicou um livro sobre o assunto em 1986, com o título de Inteligência Emocional. Ele nos ensina que o controle das emoções é essencial para o desenvolvimento da inteligência de um indivíduo colocando que embora as pessoas tenham características que determinam o seu temperamento, muitos dos nossos circuitos cerebrais são maleáveis e podem ser trabalhados.

Até pouco tempo atrás o sucesso de uma pessoa era avaliado pelo raciocínio lógico e habilidades matemáticas e espaciais (QI), porém Goleman conceitua em seu livro que a inteligência emocional é o maior responsável pelo sucesso ou insucesso das pessoas. A maioria da situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas. Isso mostra que as pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza têm mais chances de obter o sucesso.

Ou seja, um indivíduo emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar as suas emoções com mais facilidade. Uma das grandes características de pessoas com inteligência emocional é a capacidade de se automotivar e seguir em frente, mesmo diante de frustrações e desilusões. Entre estas características está a capacidade de controlar impulsos, canalizar emoções para situações adequadas, praticar a gratidão e motivar as pessoas, além de outras qualidades que possam ajudar a encorajar outros indivíduos.

Daniel Goleman mapeou a Inteligência Emocional com algumas habilidades:

 

 

Autoconhecimento Emocional

Capacidade de reconhecer as próprias emoções e sentimentos enquanto elas ocorrem. A ausência desta habilidade de reconhecer os sentimentos nos deixa à mercê das emoções.

Controle Emocional

Habilidade de lidar com os próprios sentimentos, adequando-os a cada situação vivida. Tendo consciência das emoções negativas que nos bloqueiam, podemos nos libertar delas por meio de um processo dirigido pela razão.

Se estamos tristes, podemos escolher pensar de maneira otimista, da mesma forma que um passeio pode nos acalmar quando estamos furiosos. Porém, se não conseguimos reconhecer as emoções que estamos vivendo, dificilmente poderemos fazer algo a respeito delas.

Automotivação

É a capacidade de dirigir as emoções a serviço de um objetivo ou realização pessoal. Se nos deixarmos levar pela ansiedade e pelos aborrecimentos, dificilmente conseguiremos nos concentrar na tarefa que estamos realizando. Por outro lado, se estivermos motivados, encontraremos prazer no trabalho ou na escola e não perderemos a calma durante o período de espera pela gratificação.

Reconhecimento das emoções em outras pessoas

A habilidade de reconhecer emoções no outro e ter empatia de sentimentos. Empatia é outra habilidade que constrói o autoconhecimento emocional. Ela permite às pessoas reconhecerem necessidades e desejos nos outros, ou seja, você consegue se colocar no lugar do outro.

Relacionamentos Interpessoais

Habilidade de interação com outros indivíduos, utilizando competências sociais. O relacionamento é, em grande parte, a habilidade de gerir sentimentos de outros. É a base de sustentação da popularidade, da liderança e da eficiência interpessoal. Pessoas com esta capacidade são mais eficazes em tudo o que diz respeito às interações interpessoais.
Como seres humanos, todos queremos ser felizes e livres da miséria, todos aprendemos que a chave para a felicidade é a paz interior. Os maiores obstáculos à paz interior são as emoções perturbadoras como raiva, o apego, o medo e a desconfiança, enquanto o amor e a compaixão são as fontes de paz e felicidade. Dalai Lama

As pessoas diferem nas suas capacidades em cada um destes domínios. Alguns de nós podem ser particularmente hábeis a controlar a ansiedade, mas perfeitamente incapazes de acalmar outras pessoas, por exemplo. Mas podemos sempre melhorar cada um dos domínios da nossa inteligência emocional, numa perspetiva de desenvolvimento pessoal e melhoria da qualidade de vida.

Daniel Goleman diz em seu livro que a melhor maneira de tornar as pessoas mais inteligentes emocionalmente é começar a educá-las quando ainda são crianças. Em uma entrevista à HomeArts ele adverte que deve-se lembrar que ensinar inteligência emocional às crianças não significa que você precisa ser neurótico. Você apenas precisa ver o que a criança precisa, e estar lá para ela.

Uma das grandes preocupações dos pais hoje em dia, é educar seus filhos emocionalmente, ou seja, prepará-los para enfrentar os desafios impostos pela vida com inteligência. Ensiná-los, como reagir nas diversas situações que eles possam se deparar.

Segundo, Terezinha Castilho Fulanetto, devemos desenvolver todos os tipos de inteligência na criança, pois se todo o espectro é estimulado, a criança se desenvolve mais harmonicamente, prevenindo obstruções e evitando bloqueios de capacidades. Todas as competências da criança devem ser estimuladas.

A infância modificou-se muito nos últimos anos, o que vem dificultar ainda mais o aprendizado afetivo. Nas últimas décadas, uma visão desmedidamente liberal entre pais e filhos e escola/crianças tem comprometido a educação e o aprendizado, diz Roberto Lira Miranda, em Além da Inteligência Emocional: Uso integral das aptidões cerebrais no aprendizado, no trabalho e na vida. O receio de produzir crianças reprimidas está gerando uma quantidade muito grande de crianças mal educadas e emocionalmente menos aptas.

Embora os pais tenham papel fundamental na educação emocional dos filhos, algumas iniciativas em escolas têm se mostrado positivas.

Goleman afirma que o mais gratificante para ele foi quão ardentemente o conceito da IE tem sido adotada por educadores, na forma de programas de “aprendizagem social e emocional ou desenvolvimento da IE”. Ele diz 1995 era capaz de encontrar apenas um punhado de tais programas que ensinam habilidades de inteligência emocional para as crianças e que hoje, dezenas de milhares de escolas em todo o mundo já oferecem às crianças, determinando que, assim como os alunos devem atingir um certo nível de competência em matemática e língua, eles também devem dominar essas habilidades essenciais para a vida.

Em 1995, conclui-se que boa parte da eficácia do desenvolvimento da IE veio do seu impacto na formação desenvolvendo circuitos neurais das crianças, particularmente nas funções executivas do córtex pré-frontal, que gerenciam a memória de trabalho – o que temos em mente à medida que aprendemos – e inibem impulsos emocionais perturbadores. A primeira evidência científica preliminar para essa noção chegou por meio de Mark Greenberg, da Universidade Estadual da Pensilvânia.

Foi relatado não apenas que o programa para alunos do ensino fundamental teve desempenho acadêmico, mas, ainda mais importante, que grande parte do aumento da aprendizagem pode ser atribuído à melhoria da atenção e memória de trabalho, funções-chave do córtex pré-frontal. Isto sugere fortemente que a neuroplasticidade, a formação do cérebro através da experiência repetida, desempenha um papel fundamental nos benefícios do desenvolvimento da IE.

 

Não existe correlação entre QI e empatia emocional. Eles são controlados por diferentes partes do cérebro. Daniel Goleman

Dentro da filosofia do Yoga, quando aprofundamos no tema dos CHAKRAS, fica muito clara a relação dos nossos centros de energia com as nossas emoções. As emoções básicas nascem nos nossos chakras, no que eles representam. Mas este é um assunto mais profundo e complexo, que deixarei para compartilhar em outro artigo.

 

Um abraço,

Desirée