Daniel Goleman é o responsável por popularizar o conceito da Inteligência Emocional, que ele define como a “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos.”
Imagem do filme Divertidamente.
Até pouco tempo atrás o sucesso de uma pessoa era avaliado pelo raciocínio lógico e habilidades matemáticas e espaciais (QI), porém Goleman conceitua em seu livro que a inteligência emocional é o maior responsável pelo sucesso ou insucesso das pessoas. A maioria da situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas. Isso mostra que as pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza têm mais chances de obter o sucesso.
Ou seja, um indivíduo emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar as suas emoções com mais facilidade. Uma das grandes características de pessoas com inteligência emocional é a capacidade de se automotivar e seguir em frente, mesmo diante de frustrações e desilusões. Entre estas características está a capacidade de controlar impulsos, canalizar emoções para situações adequadas, praticar a gratidão e motivar as pessoas, além de outras qualidades que possam ajudar a encorajar outros indivíduos.
Daniel Goleman mapeou a Inteligência Emocional com algumas habilidades:
Autoconhecimento Emocional
Controle Emocional
Se estamos tristes, podemos escolher pensar de maneira otimista, da mesma forma que um passeio pode nos acalmar quando estamos furiosos. Porém, se não conseguimos reconhecer as emoções que estamos vivendo, dificilmente poderemos fazer algo a respeito delas.
Automotivação
Reconhecimento das emoções em outras pessoas
Relacionamentos Interpessoais
Daniel Goleman diz em seu livro que a melhor maneira de tornar as pessoas mais inteligentes emocionalmente é começar a educá-las quando ainda são crianças. Em uma entrevista à HomeArts ele adverte que deve-se lembrar que ensinar inteligência emocional às crianças não significa que você precisa ser neurótico. Você apenas precisa ver o que a criança precisa, e estar lá para ela.
Uma das grandes preocupações dos pais hoje em dia, é educar seus filhos emocionalmente, ou seja, prepará-los para enfrentar os desafios impostos pela vida com inteligência. Ensiná-los, como reagir nas diversas situações que eles possam se deparar.
Segundo, Terezinha Castilho Fulanetto, devemos desenvolver todos os tipos de inteligência na criança, pois se todo o espectro é estimulado, a criança se desenvolve mais harmonicamente, prevenindo obstruções e evitando bloqueios de capacidades. Todas as competências da criança devem ser estimuladas.
A infância modificou-se muito nos últimos anos, o que vem dificultar ainda mais o aprendizado afetivo. Nas últimas décadas, uma visão desmedidamente liberal entre pais e filhos e escola/crianças tem comprometido a educação e o aprendizado, diz Roberto Lira Miranda, em Além da Inteligência Emocional: Uso integral das aptidões cerebrais no aprendizado, no trabalho e na vida. O receio de produzir crianças reprimidas está gerando uma quantidade muito grande de crianças mal educadas e emocionalmente menos aptas.
Embora os pais tenham papel fundamental na educação emocional dos filhos, algumas iniciativas em escolas têm se mostrado positivas.
Em 1995, conclui-se que boa parte da eficácia do desenvolvimento da IE veio do seu impacto na formação desenvolvendo circuitos neurais das crianças, particularmente nas funções executivas do córtex pré-frontal, que gerenciam a memória de trabalho – o que temos em mente à medida que aprendemos – e inibem impulsos emocionais perturbadores. A primeira evidência científica preliminar para essa noção chegou por meio de Mark Greenberg, da Universidade Estadual da Pensilvânia.
Foi relatado não apenas que o programa para alunos do ensino fundamental teve desempenho acadêmico, mas, ainda mais importante, que grande parte do aumento da aprendizagem pode ser atribuído à melhoria da atenção e memória de trabalho, funções-chave do córtex pré-frontal. Isto sugere fortemente que a neuroplasticidade, a formação do cérebro através da experiência repetida, desempenha um papel fundamental nos benefícios do desenvolvimento da IE.
Um abraço,
Desirée