Oi pessoal, tudo zen?!
Aqui em casa eu tenho 4 filhos adolescentes e o meu maior desafio é administrar o uso das telas…no meu caso, quando eles eram menores ainda não tínhamos acesso como temos hoje que quase todo adolescente (e criança) tem um celular.
Se eu deixar eles ficam por horas a fio, por isso falei que é a parte mais desafiadora e tb estressante por aqui. E eu vejo muitas crianças menores utilizando de forma “desregrada” os aparelhos eletrônicos e por isso eu quis compartilhar essa pesquisa aqui no blog.
Hoje o acesso a internet, a informação e telas fazem parte da vida dos nossos filhos, porém tudo em excesso faz mal e o uso das telas ainda é algo recente e não temos ideia do quão nocivo pode ser para a saúde deles.
Este estudo, que foi publicado na revista JAMA PEDIATRICS, foi desenvolvido com crianças pequenas e aponta que o uso excessivo está ligado a um pior desempenho em testes de desenvolvimento. Ou seja, o desenvolvimento do QI (quoficiente de inteligência) de seu filho(a) pode estar em risco.
A pesquisa encontrou uma associação direta entre o tempo de acesso as telas aos 2 e 3 anos de idade e o atraso no desenvolvimento da criança aos 3 e 5 anos. Isso significa que as áreas de comunicação, habilidades motoras, resolução de problemas e habilidades socio-emocionais foram comprometidas.
A Academia Americana de Pediatria recomenda limites no uso da tela para crianças pré-escolares de 2 a 5 anos a apenas uma hora por dia de programação de alta qualidade.
“Em média, as crianças em nosso estudo estavam assistindo de duas a três horas por dia. Isso significa que a maioria das crianças em nossa amostra está excedendo as diretrizes pediátricas de não mais do que uma hora de programação de alta qualidade por dia”, disse Sheri Madigan, professor assistente e chefe de pesquisa em determinantes do desenvolvimento infantil na Universidade de Calgary, que foi a primeira autora do estudo.
“A maior visualização na tela aos 2 e 3 anos de idade foi associada ao atraso das crianças em atingir as metas de desenvolvimento aos 3 e 5 anos de idade, respectivamente”, disse ela. “Este estudo mostra que, quando usado em excesso, o tempo de tela pode ter consequências para o desenvolvimento das crianças. Os pais podem pensar em telas como dar comida aos filhos: em pequenas doses, tudo bem, mas em excesso, tem consequências.”
O estudo foi feito com um questionário relacionado ao desempenho da criança em testes de desenvolvimento e o tempo de exposição aos dispositivos em dias típicos de semana e no fim de semana. O questionário foi entregue para a mãe de cada criança aos 24, 36 e 60 meses de idade.
Os pesquisadores descobriram que o maior tempo de tela aos 24 meses foi associado com pior desempenho nos testes de desenvolvimento aos 36 meses, e maior tempo de tela aos 36 meses foi associado com escores mais baixos nos testes de desenvolvimento aos 60 meses.
“Até onde sabemos, o presente estudo é o primeiro a fornecer evidências de uma associação direcional entre tempo de tela e desempenho ruim em testes de triagem de desenvolvimento entre crianças muito jovens”, escreveram os pesquisadores.
Alguns fatores importantes podem explicar as ligações entre os níveis mais altos de tempo de tela e pior desempenho em testes de triagem de desenvolvimento, disse Douglas Gentile, que não participou da pesquisa mas estudou os efeitos da mídia nas crianças.
“É notável que o tempo de tela reduziu o sono das crianças mesmo nessa idade precoce e reduziu a leitura dos pais para crianças, que sabemos ser um forte preditor de resultados positivos para crianças, como QI mais alto”, disse Gentile, professor de psicologia da Iowa State University.
Para as crianças mais velhas, os pais são encorajados a desenvolver planos de mídia personalizados para seus filhos, mas a Academia Americana de Pediatria observa que todas as crianças e adolescentes precisam de pelo menos oito horas de sono, uma hora de atividade física e tempo longe da mídia todo dia.
A Academia Americana de Pediatria oferece diretrizes para ajudar as famílias no gerenciamento do uso do tempo de tela das crianças. Essas diretrizes incluem evitar mídias digitais para crianças menores de 18 a 24 meses, exceto para bate-papo por vídeo.
No geral, “a boa notícia é que o tempo de tela é algo que os pais podem controlar”, disse Gentile. “Em outros estudos, descobrimos que quando os pais colocam limites na quantidade e no conteúdo da mídia infantil, é um poderoso fator de proteção para uma ampla gama de indicadores de saúde e bem-estar das crianças”.
Você pode ler o artigo completo aqui.
Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade.
Albert Einstein
No fundo nós sabemos que o uso excessivo faz mal, até para nós. Precisamos sempre buscar um equilíbrio e também dar o exemplo. Se ficarmos horas na tela nossos filhos vão achar extremamente normal. Nem só de telas se vive, podemos brincar com eles, ler um livro juntos, meditar, conversar…eu vejo que estamos cada vez perdendo mais estes momentos tão importantes para nós e para eles.
Me conta aqui o que você faz para manter seu filho longe das telas?
Vamos nos inspirar mamães!
Um beijo,
Desirée